O uso intensivo de tecnologia pelas famílias está originando novos laços afetivos, impulsionados por celulares, computadores compartilhados e laptops e reforçando o relacionamento familiar. A forte presença da tecnologia no dia a dia destas famílias faz com que seus integrantes tenham novas maneiras de interagir. Os dados são de um estudo da Pew Internet & American Life Project chamada "Networked Families", divulgado neste domingo.
"A Internet e os telefones celulares vêm se tornado componentes centrais da moderna vida em família. Entre todos os tipos de grupos familiares, a família nuclear tradicional tem o mais alto índice de uso e posse da tecnologia", diz o site da organização.
A pesquisa aponta que as famílias constituídas por um casal e filhos menores de 18 anos são as mais propensas a ter e usar celulares e Internet. O estudo indica, por exemplo, que 89% dessas famílias têm mais de um celular, sendo que 47% têm três ou mais dispositivos móveis. E entre as crianças dessas famílias, com idades entre 7 e 17 anos, mais da metade (57%) tem seu próprio celular.
A vida em família é afetada por este uso intensivo de tecnologia. Contrariando a noção de que computadores contribuem para o isolamento dos usuários, a pesquisa mostra que muitas destas famílias, além de se manterem em contato com mais freqüência graças ao celular, compartilham o PC para ver conteúdo online juntos - 52% dos entrevistados afirmaram que ficam navegando pela web junto com o parceiro e/ou com os filhos.
Por outro lado, o impacto da tecnologia também se faz sentir sobre as atividades tradicionais. Essas famílias altamente tecnológicas costumam fazer menos refeições juntas, tendem a achar que se divertem menos nas horas livres e, quando estão em casa, diferenciam menos claramente o que é trabalho do que é diversão.
Mesmo assim, 25% dos entrevistados disseram que sua família hoje está mais próxima do que era a família em que cresceram, graças à tecnologia, contra 11% que afirmaram que os membros de sua família são menos próximos uns dos outros em relação à família do passado. Já para 60% dos entrevistados, celulares e Internet não aumentaram nem diminuíram a proximidade de suas famílias.
A pesquisa foi realizada entre os dias 13 de dezembro de 2007 13 de janeiro de 2008 eouviu 2.252 pessoas maiores de 18 anos em todo o país.
Redação Terra
sábado, 29 de novembro de 2008
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