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terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Celulares

11 de Dezembro de 2009

Outros aparelhos perderão espaço para os celulares nos próximos dez anos
Crédito: Getty Images Danilo Bueno

A telefonia ocupa lugar de destaque na revolução das telecomunicações que se intensificou nos dez últimos anos. O celular, que já foi um aparelho pesado e de visual antiquado, se consolidou como símbolo da sociedade de consumo e acessório obrigatório para o relacionamento entre as pessoas.

Hoje, o Brasil tem 87 celulares para cada 100 habitantes, e esse número continua crescendo. Além de o aparelho ter se tornado mais acessível, o acúmulo de novas funções ajudou a promover o uso. Hoje, o celular já ocupa o espaço de equipamentos como relógios, câmeras fotográficas e MP3 players.

Lançado em 2000, o modelo J-SH04, da japonesa Sharp, foi o primeiro aparelho do mercado com câmera digital integrada, iniciando uma tendência irreversível. A resolução desse primeiro modelo era de apenas 0,11 megapixel, mas a tecnologia avançou ao longo da década. Com fotos de melhor qualidade, o público se tornou um importante colaborador da mídia, pois o envio de flagrantes em tempo real tornou-se uma realidade.

Outro lançamento desses dez anos abriu caminho para os atuais celulares 3G. A transmissão digital de dados já não era novidade: o sistema 2G começou a funcionar em 1991, mas trabalhava com uma velocidade muito baixa. Em 2000, o modelo Timeport, da Motorola, inseriu no mercado a transmissão de dados por pacote, tecnologia conhecida como GPRS. Ela ganhou da mídia o apelido de 2.5G e permitiu o aumento da oferta de serviços e a melhora das condições de acesso à Internet. Porém, a GPRS foi logo superada pela tecnologia EDGE (a "2,75G"), que aumentou em três vezes a velocidade de transmissão.

Mas foi somente com a chegada dos 3G que o uso da internet e a transmissão de dados em alta velocidade por celular engrenou, estimulando o compartilhamento de músicas e vídeos, a recepção de sinal de TV digital e a popularização da MMS, a mensagem multimídia.

Futuro

O 3G mal se estabilizou, e empresas japonesas já estão testando uma quarta geração. Segundos especialistas, a velocidade de conexão dos celulares 4G pode chegar a 100 Mbps, o que permitiria, por exemplo, a realização de teleconferências. A tecnologia 4G também promete acabar com os conflitos entre os diversos padrões de redes sem fio, o que garantiria a conectabilidade em qualquer lugar.

Outras iniciativas prometem mexer até com o bolso de quem faz ligações. A empresa Freakom já está testando em Londrina (PR) um sistema pelo qual o usuário efetua ligações gratuitas de até um minuto em troca de ouvir uma mensagem publicitária antes da chamada.

Outro avanço é apontado por Fiori Mangone, diretor de Vendas e Serviço da Nokia. Para ele, o celular vai ocupar parte do espaço dos cartões de crédito nos próximos dez anos. Sistemas como o Mobile Payment integram o aparelho à rede bancária, possibilitando o pagamento de compras via celular. Já o Mobile Money funciona pelo sistema de recarga e substitui o dinheiro em compras de pequeno valor.

De acordo com Mangone, também devem se destacar celulares que usam sensores para interagir com o corpo humano e o ambiente ao redor. Isso deve revolucionar o design dos aparelhos e permitir até que o celular migre das mãos para o rosto, embutido nos óculos de sol e ativado por voz e movimento da íris.

Outra tendência dos fabricantes de celulares é optar cada vez mais por materiais ecologicamente corretos. A bateria, considerada a principal vilã entre os componentes, deve ser o principal alvo da política ambiental das fabricantes.

Barulhinho do modem

15 de Dezembro de 2009

'Barulhinho' típico do modem vira coisa de museu
Crédito: Getty Images Danilo Bueno

As novas gerações de internautas já não reconhecem os chiados da conexão discada que eram sinônimo de web até o surgimento da banda larga. "Para a gente que conheceu o começo da Internet, esse barulhinho é inesquecível", afirma Marco Schilling, vice-presidente de TI Terra Latam.

Ele conta que, há dois, precisou recorrer ao velho método via telefone para navegar. "Eu estava sem internet na casa da praia e me lembrei que podia fazer uma conexão por linha telefônica. Quando começou aquele barulhinho do modem, meus filhos perguntaram: 'pai, o que é isso?'", lembra o executivo, ressaltando a velocidade das transformações nos serviços de transmissão de dados na última década.

Na época do tal "barulhinho do modem", o internauta estava acostumado a navegar fora do horário comercial, depois da meia-noite ou aos finais de semana. É que a internet discada, além de lenta e instável, era cobrada em pulsos contados por minuto, como uma ligação local. Conectar-se ao longo do dia significava gastar muito mais.

A chegada da banda larga resolveu esses e outros desconfortos da Internet discada, liberando o usuário para utilizar o telefone durante a conexão, acabando com os ruídos e aumentando a velocidade.

Isso possibilitou uma grande expansão dos serviços de conteúdo, especialmente o incremento da oferta de vídeos. "Com a banda larga, a necessidade de estrutura cresceu. Os usuários ganharam computadores mais potentes e isso fez com que o conteúdo tivesse mais gráficos, fotos, músicas e aplicativos. A estrutura por trás disso teve um crescimento muito grande", explica Schilling.

Depois da banda larga, as tecnologias sem fio - incluindo via rádio ou satélite, ideais para áreas isoladas - protagonizaram a segunda revolução da década em termos de conexão. O baixo custo da instalação de Wi-Fi estimulou estabelecimentos comerciais, universidades e prédios públicos a fornecerem acesso gratuito aos usuários de palmtops, notebooks e celulares, que estão aproveitando as melhores condições de acesso para ficar mais tempo conectados.

A tecnologia WiMAX, que ainda está em pesquisas, é considerada a evolução do Wi-Fi e uma das principais apostas para o futuro da conexão sem fio, ao lado dos celulares 3G. Ela promete viabilizar o fornecimento de internet de alta velocidade para grandes áreas, como cidades inteiras. Outra forma estudada para democratizar o acesso à Internet é a banda larga por rede elétrica, que já está sendo testada por empresas de distribuição de energia.