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Terça, 23 de setembro de 2008, 10h31
A tecnologia emburrece ou liberta nossas mentes?
Damon Darlin
Todo mundo tem comentado muito um artigo publicado pela revista Atlantic e intitulado o Google está nos tornando estúpidos?. E pelo menos certa proporção das pessoas que participam da discussão parece ter lido o artigo de 4.175 palavras, escrito por Nicholas Carr. Para ajudá-los a poupar seu tempo, minha idéia inicial era oferecer uma versão sucinta do que ele propõe, em um resumo de cerca de 100 palavras. Mas o mundo oferece distrações demais, e talvez meus leitores não tenham tempo para um resumo tão extenso. Por isso, lá vai uma interpretação ainda mais curta, em formato Twitter. (O Twitter é uma versão em altíssima velocidade dos blogs tradicionais, no qual os usuários escrevem sobre suas vidas em posts de 140 caracteres ou menos, incluindo espaços e pontuação.
O Google impossibilita leitura profunda. A mídia muda. A fiação do cérebro também. Computadores pensam por nós, e nossa inteligência se vai. Caso você tenha conseguido transpor esse complexo texto, é possível que tenha chegado à conclusão de que o Twitter, e não o Google, é o inimigo do progresso intelectual humano.
Com o Twitter, as pessoas interessadas assinam para ler os "tweets" (pios) de outros usuários. Os escritores que conseguem tornar interessantes os detalhes de suas vidas cotidianas atraem grandes audiências. Diversos serviços foram criados para competir com o Twitter. Outros surgiram para ajudar as pessoas a administrar o prodigioso fluxo de informação advindo dos usuários do Twitter.
Existe até mesmo uma versão, o Yammer, para uso no interior de empresas. Você acompanha as frases curtas de outros funcionários. ("Reunião semanal. Bolinho bom. Por que todo mundo está de cáqui? Favor apresentar relatórios TPS no prazo".) Como se já não tivéssemos o bastante para nos distrair em nossos locais de trabalho, em meio a reuniões, telefonemas, mensagens instantâneas, mensagens de e-mail e todas aquelas buscas que precisamos fazer no Google.
Se as pessoas questionam os benefícios do Google, que em larga medida nos libertou de atividades entediantes referentes à busca de informações, há hostilidade aberta contra uma ferramenta que condensa as vidas de seus usuários ao tamanho de um haicai.
Jack Dorsey, co-fundador do Twitter, foi questionado pela revista Technology Review, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) - por meio de mensagem no Twiter, claro - sobre os motivos para que as pessoas que não conhecem o Twitter demonstrem "incompreensão ou raiva" quando informadas sobre o serviço. A resposta dele foi curta e insatisfatória: "As pessoas precisam descobrir o valor por si. Ainda mais c/ algo simples e sutil como o Twitter. Ele é o que você faz dele".
É difícil pensar em uma tecnologia que não tenha causado medo ao ser introduzida inicialmente. Em seu artigo para a Atlantic, Carr diz que Sócrates temia o impacto da escrita sobre a capacidade de pensar do homem. O advento da impressão mecanizada despertou temores semelhantes. E não seria a última vez que isso aconteceria.
Quando a Hewlett-Packard inventou a HP-35, a primeira calculadora científica portátil, em 1972, houve cursos de engenharia que proibiram seu uso em sala de aula. Os professores temiam que os alunos viessem a empregar as calculadoras como muletas, e que eles não mais seriam capazes de compreender as relações expressas por uma equação escrita ou pelo uso de réguas de cálculo, que na opinião daqueles professores aparentemente exerciam algum efeito misterioso sobre o pensamento científico proficiente.
Mas a HP-35 não resultou em degradação das capacidades científicas de parte daqueles que passaram a utilizá-la. De fato, nos últimos 36 anos, foram exatamente esses os engenheiros que nos trouxeram os iPods, celulares, televisores de alta definição e, é bom não esquecer, serviços como o Google e o Twitter. A nova ferramenta libertava os engenheiros de perder tempo com tarefas braçais ou repetitivas, e permitia que passassem mais tempo exercitando a criatividade.
Muitos avanços tecnológicos têm efeito semelhante. Tomem como exemplo o software usado para calcular e declarar impostos. O tedioso trabalho requerido para preencher uma declaração de impostos já não requer diversas noites de dedicação, mas apenas algumas horas. Isso nos oferece mais tempo para que nos dediquemos a atividades mais produtivas.
Mas para cada nova tecnologia que nos permite uma nova produtividade, não param de surgir outras que exigem mais e mais de nosso tempo. Esse é um dos aspectos dialéticos dominantes de nossa era. Com seus mapas e seu acesso à Internet, o iPhone permite que economizemos tempo. Mas com os jogos que podemos baixar para ele, estamos também carregando um console de videogame no bolso, agora.
E a proporção de tecnologias que resultam em perda de tempo pode subir, com relação às tecnologias que nos ajudam a poupar tempo. Em uma sociedade cuja base econômica é o conhecimento, e na qual o conhecimento é essencialmente gratuito, a atenção se torna uma mercadoria valiosa.
As empresas concorrem pela atenção dos usuários, um fato de mensuração de audiência que surgiu apenas na era do boom da Internet, e para isso precisa apresentar serviços e sites "grudentos", mais um termo interessante surgido na mesma era. Não somos pagos pela atenção que dedicamos a um veículo de mídia ou site, mas somos recompensados por ela com ainda mais distrações e com ainda mais produtos que requerem, ou até mesmo exigem, nossa atenção.
A suposição pessimista de que novas tecnologias de alguma estranha maneira tornarão nossas vidas piores talvez seja uma função da ocupação ou do treinamento profissional da pessoa que a propõe. O futurista Paul Saffo diz que é possível dividir o mundo da tecnologia em dois tipos diferentes de profissionais: os engenheiros e os cientistas naturais. Ele afirma que a visão de mundo do engenheiro é naturalmente otimista. Todos os problemas podem ser resolvidos se você dispuser das ferramentas certas e de tempo suficiente, e se puder apresentar as questões corretas. Outras pessoas, que podem dispor de formação científica equivalente, vêem a ordem natural do mundo em termos de entropia, declínio e morte.
E essas pessoas não estão necessariamente erradas. No entanto, o ponto de vista adotado pelos engenheiros prefere depositar confiança na capacidade humana de melhorar. Certamente houve momentos em que esse tipo de pensamento apresentou resultados claramente horrorosos -música atonal ou gastronomia molecular. Mas ao longo do curso da história humana, a escrita, a impressão, a computação e o Google na verdade só facilitaram o pensamento e a comunicação.
Tradução: Paulo Migliacci ME
The New York Times
terça-feira, 23 de setembro de 2008
domingo, 21 de setembro de 2008
DIA DA ÁRVORE - 21 de setembro
PLANTAR ÁRVORES é uma atitude que todos podem ter
Para quem já passou dos 30 anos, comemorar o Dia da Árvore remete aos bons tempos de escola, a lembranças de uma época em que a data era tema de prova e festejada com brincadeiras fora da sala de aula. Hoje, mais do que uma data a ser decorada pelos alunos, o dia 21 de setembro passou a ser usado como alerta à preservação ambiental
Muitas empresas, aliás, aproveitam o dia para lançar campanhas. Neste domingo, a concessionária NovaDutra, em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica, irá distribuir mudas de árvores nativas da Mata Atlântica para quem passar pelos pedágios de Moreira César, em Pindamonhangaba (SP), e de Itatiaia (RJ), localizados na Rodovia Dutra.
Segundo a assessoria da NovaDutra, a previsão é de que sejam distribuídas 16 mil mudas - sendo 4 mil de ipê-roxo-de-bola, 4 mil de ipê-amarelo, 4 mil de pau-viola e 4 mil de ingá quatro quinas.
A iniciativa simbólica agrada aos especialistas. "Essa ação contribui com a formação da consciência do meio ambiente", acredita Antonio Carlos Humml, diretor de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).
Por outro lado, Nilson Máximo, coordenador de Fomento Florestal da Fundação SOS Mata Atlântica, dá dois conselhos a quem irá aproveitar o presente para finalmente plantar uma árvore. "Primeiro, a pessoa tem que pensar onde plantar essa muda e, depois, avaliar com cuidado essa área para o plantio", afirma.
Se sua preocupação é colaborar com a arborização municipal, por exemplo, é fundamental entrar em contato com a Prefeitura da cidade para se informar sobre regras de plantio em calçadas, praças e parques públicos. E mesmo que você tenha um belo quintal, pedir orientação a um especialista pode evitar alguns transtornos. "O ideal é procurar um paisagista, engenheiro agrônomo ou florestal", aconselha Gustavo Habermann, professor de Fisiologia Vegetal do Departamento de Botânica da Unesp (Universidade Estadual Paulista), em Rio Claro.
Sim, fazer o bem para o Planeta dá trabalho. Mas, nem de longe, isso pode ser visto como empecilho. Afinal, imagine o impacto na qualidade de vida e no meio ambiente, se cada um de nós conseguisse plantar uma única árvore. O diretor do Ibama, Antonio Carlos Humml, esclarece que, além dos frutos e da sombra, a presença das plantas oferece muitos outros benefícios indiretos. O especialista enumera: as árvores capturam o CO2 do ar para fazer a fotossíntese (contribuindo para poupar a camada de ozônio), regulamentam o ciclo das chuvas e diminuem a erosão.
Plante uma árvore na sua casa
Nilson Máximo, coordenador de Fomento Florestal da Fundação SOS Mata Atlântica, dá dicas de como proceder ao plantar uma árvore no quintal ou jardim. Confira o passo-a-passo:
1. Identifique se o espaço para o plantio da muda é adequado. Para isso, você deve conhecer a árvore adulta (o seu tamanho e as suas necessidades)ou pedir a ajuda de um especialista.
2. Confira o manual hidráulico e elétrico da sua casa para descartar a existência de canos e fios embaixo da área escolhida para o plantio
3. A cova para inserir a muda na terra deve ter 30cm de largura e profundidade
4. Adube com produtos encontrados em supermercado ou em floricultura; restos de hortaliça, cascas de frutas e de ovos também podem ser usados
5. Faça a irrigação de duas a três vezes por semana. O período mais indicado para o plantio é a partir da metade da primavera, por conta das chuvas
Redação Terra
Para quem já passou dos 30 anos, comemorar o Dia da Árvore remete aos bons tempos de escola, a lembranças de uma época em que a data era tema de prova e festejada com brincadeiras fora da sala de aula. Hoje, mais do que uma data a ser decorada pelos alunos, o dia 21 de setembro passou a ser usado como alerta à preservação ambiental
Muitas empresas, aliás, aproveitam o dia para lançar campanhas. Neste domingo, a concessionária NovaDutra, em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica, irá distribuir mudas de árvores nativas da Mata Atlântica para quem passar pelos pedágios de Moreira César, em Pindamonhangaba (SP), e de Itatiaia (RJ), localizados na Rodovia Dutra.
Segundo a assessoria da NovaDutra, a previsão é de que sejam distribuídas 16 mil mudas - sendo 4 mil de ipê-roxo-de-bola, 4 mil de ipê-amarelo, 4 mil de pau-viola e 4 mil de ingá quatro quinas.
A iniciativa simbólica agrada aos especialistas. "Essa ação contribui com a formação da consciência do meio ambiente", acredita Antonio Carlos Humml, diretor de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).
Por outro lado, Nilson Máximo, coordenador de Fomento Florestal da Fundação SOS Mata Atlântica, dá dois conselhos a quem irá aproveitar o presente para finalmente plantar uma árvore. "Primeiro, a pessoa tem que pensar onde plantar essa muda e, depois, avaliar com cuidado essa área para o plantio", afirma.
Se sua preocupação é colaborar com a arborização municipal, por exemplo, é fundamental entrar em contato com a Prefeitura da cidade para se informar sobre regras de plantio em calçadas, praças e parques públicos. E mesmo que você tenha um belo quintal, pedir orientação a um especialista pode evitar alguns transtornos. "O ideal é procurar um paisagista, engenheiro agrônomo ou florestal", aconselha Gustavo Habermann, professor de Fisiologia Vegetal do Departamento de Botânica da Unesp (Universidade Estadual Paulista), em Rio Claro.
Sim, fazer o bem para o Planeta dá trabalho. Mas, nem de longe, isso pode ser visto como empecilho. Afinal, imagine o impacto na qualidade de vida e no meio ambiente, se cada um de nós conseguisse plantar uma única árvore. O diretor do Ibama, Antonio Carlos Humml, esclarece que, além dos frutos e da sombra, a presença das plantas oferece muitos outros benefícios indiretos. O especialista enumera: as árvores capturam o CO2 do ar para fazer a fotossíntese (contribuindo para poupar a camada de ozônio), regulamentam o ciclo das chuvas e diminuem a erosão.
Plante uma árvore na sua casa
Nilson Máximo, coordenador de Fomento Florestal da Fundação SOS Mata Atlântica, dá dicas de como proceder ao plantar uma árvore no quintal ou jardim. Confira o passo-a-passo:
1. Identifique se o espaço para o plantio da muda é adequado. Para isso, você deve conhecer a árvore adulta (o seu tamanho e as suas necessidades)ou pedir a ajuda de um especialista.
2. Confira o manual hidráulico e elétrico da sua casa para descartar a existência de canos e fios embaixo da área escolhida para o plantio
3. A cova para inserir a muda na terra deve ter 30cm de largura e profundidade
4. Adube com produtos encontrados em supermercado ou em floricultura; restos de hortaliça, cascas de frutas e de ovos também podem ser usados
5. Faça a irrigação de duas a três vezes por semana. O período mais indicado para o plantio é a partir da metade da primavera, por conta das chuvas
Redação Terra
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Sobre NAVEGADOR
Um caminho de fácil entendimento para quem quer aprender
sobre os diversos termos usados para navegação na internet é acessar
a enciclopédia Wikipedia.
O endereço é http://www.wikipedia.org, bastando procurar por "Navegador".
O texto, de fácil entendimento, tem vários links
e pode ajudar quem está procurando se familiarizar com os termos utilizados
na informática.
Espero que seja útil.
sobre os diversos termos usados para navegação na internet é acessar
a enciclopédia Wikipedia.
O endereço é http://www.wikipedia.org, bastando procurar por "Navegador".
O texto, de fácil entendimento, tem vários links
e pode ajudar quem está procurando se familiarizar com os termos utilizados
na informática.
Espero que seja útil.
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
A "síndrome da visão do computador"
SÍNDROME DA VISÃO DO COMPUTADOR
Sintomas como queimação, ardência e fotofobia são comuns em quem apresenta a doença.
Uma dorzinha de cabeça que não passa, acompanhada de ardência, vermelhidão e queimação nos olhos. Se isso se segue a horas prolongadas em frente ao computador, as chances de você estar sendo acometido pela "síndrome da visão do computador" são grandes.
Apesar de não ser reconhecida do ponto de vista científico, a doença atinge um número significativo de pessoas que trabalham diariamente em frente ao computador. "Uma síndrome tem o caso clínico bem estabelecido. Essa doença é uma somatória de diversos casos", comenta Paulo Augusto de Arruda Mello, oftalmologista coordenador da Comissão de Ensino da Sociedade Brasileira de Oftalmologia.
Em alguns casos, pessoas que precisam de pouco esforço visual (óculos com grau baixo) e não usam óculos ou lentes de contato durante o uso contínuo do computador podem desenvolver os sintomas da doença com o passar do tempo.
Entre os sinais da doença, está o cansaço causado pelo esforço contínuo. "Esse cansaço é semelhante à leitura prolongada de um livro. Nos dois casos, a pessoa precisa fixar os olhos em um mesmo ponto por muito tempo. Isso causa fadiga no mecanismo de acomodação dos olhos, que é o mecanismo do foco", explica Eduardo Salvia de Lucca, oftalmologista do Instituto de Moléstias Oculares.
Com o esforço em frente à tela do monitor, a freqüência do número de piscadas por segundo diminui a lubrificação dos olhos. "Piscando menos, o indivíduo não tem uma boa lubrificação. A lágrima fica alterada na quantidade ou na qualidade", explica Paulo Mello. Ressecados, os olhos podem passar a arder e coçar. "Ninguém, nem mesmo pessoas com alergias, deve coçar os olhos. Isso pode lesar seriamente a córnea", explica.
Somados à diminuição da freqüência de piscadas por segundo e ao cansaço dos olhos, fatores como ar-condicionado e postura incorreta ajudam na manifestação da doença. "O agente causal da doença não é o computador, ele só faz com que ela se manifeste", finaliza Paulo Mello. O médico lembra ainda que a mesma doença pode aparecer em adolescentes que passam horas jogando video-game ou mesmo em quem fica horas em frente à TV, sem intervalos.
Sintomas e Sinais
- Ardência
- Dor de cabeça
- Fotofobia (aversão à luz)
- Lacrimejamento
- Olhos vermelhos
- Queda da pálpebra
- Queimação
- Sensação de areia nos olhos
- Sensação de cansaço ao final do dia
Como prevenir
- Faça um descanso de 10 minutos a cada uma hora de trabalho.
- Evite colocar o monitor em uma disposição que alguma janela fique de frente para seu olhar.
- Use o monitor do computador abaixo da linha do horizonte de visão.
- Pessoas com predisposição devem usar lágrimas artificiais (colírios) ou umidificar o ambiente.
- Mantenha uma distância de 60cm da tela do monitor.
- O uso de lentes de contato pede lubrificação extra dos olhos.
Redação Terra
Sintomas como queimação, ardência e fotofobia são comuns em quem apresenta a doença.
Uma dorzinha de cabeça que não passa, acompanhada de ardência, vermelhidão e queimação nos olhos. Se isso se segue a horas prolongadas em frente ao computador, as chances de você estar sendo acometido pela "síndrome da visão do computador" são grandes.
Apesar de não ser reconhecida do ponto de vista científico, a doença atinge um número significativo de pessoas que trabalham diariamente em frente ao computador. "Uma síndrome tem o caso clínico bem estabelecido. Essa doença é uma somatória de diversos casos", comenta Paulo Augusto de Arruda Mello, oftalmologista coordenador da Comissão de Ensino da Sociedade Brasileira de Oftalmologia.
Em alguns casos, pessoas que precisam de pouco esforço visual (óculos com grau baixo) e não usam óculos ou lentes de contato durante o uso contínuo do computador podem desenvolver os sintomas da doença com o passar do tempo.
Entre os sinais da doença, está o cansaço causado pelo esforço contínuo. "Esse cansaço é semelhante à leitura prolongada de um livro. Nos dois casos, a pessoa precisa fixar os olhos em um mesmo ponto por muito tempo. Isso causa fadiga no mecanismo de acomodação dos olhos, que é o mecanismo do foco", explica Eduardo Salvia de Lucca, oftalmologista do Instituto de Moléstias Oculares.
Com o esforço em frente à tela do monitor, a freqüência do número de piscadas por segundo diminui a lubrificação dos olhos. "Piscando menos, o indivíduo não tem uma boa lubrificação. A lágrima fica alterada na quantidade ou na qualidade", explica Paulo Mello. Ressecados, os olhos podem passar a arder e coçar. "Ninguém, nem mesmo pessoas com alergias, deve coçar os olhos. Isso pode lesar seriamente a córnea", explica.
Somados à diminuição da freqüência de piscadas por segundo e ao cansaço dos olhos, fatores como ar-condicionado e postura incorreta ajudam na manifestação da doença. "O agente causal da doença não é o computador, ele só faz com que ela se manifeste", finaliza Paulo Mello. O médico lembra ainda que a mesma doença pode aparecer em adolescentes que passam horas jogando video-game ou mesmo em quem fica horas em frente à TV, sem intervalos.
Sintomas e Sinais
- Ardência
- Dor de cabeça
- Fotofobia (aversão à luz)
- Lacrimejamento
- Olhos vermelhos
- Queda da pálpebra
- Queimação
- Sensação de areia nos olhos
- Sensação de cansaço ao final do dia
Como prevenir
- Faça um descanso de 10 minutos a cada uma hora de trabalho.
- Evite colocar o monitor em uma disposição que alguma janela fique de frente para seu olhar.
- Use o monitor do computador abaixo da linha do horizonte de visão.
- Pessoas com predisposição devem usar lágrimas artificiais (colírios) ou umidificar o ambiente.
- Mantenha uma distância de 60cm da tela do monitor.
- O uso de lentes de contato pede lubrificação extra dos olhos.
Redação Terra
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